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Febre Amarela
A doença pode ser evitada com vacinação
Quem mora ou vai viajar para regiões de mata, mesmo na região Metropolitana de São Paulo, deve se vacinar contra a febre amarela. Aqueles que não estão nessas condições não precisam tomar a vacina, pois os vetores transmissores são mosquitos com hábitos estritamente silvestres, não oferecendo riscos para populações urbanas.
Em outubro, um macaco foi encontrado morto por febre amarela em um parque na zona Norte da capital paulista. Este e outros parques foram fechados na região, para evitar que as pessoas se aproximem do mosquito transmissor.
A imunização é de extrema importância para evitar a introdução da doença no meio urbano, pois quando o homem adentra regiões de mata sem vacinação prévia, poderá ser infectado e passa a ser hospedeiro do vírus e quando retorna para a cidade pode contaminar os vetores urbanos, dando início a ciclos da doença nesse ambiente.
A doença passará a ser considerada como endêmica em São Paulo, já que agora ela não ocorre mais em epidemias, e sim, durante todo o ano, como explica Marcos Boulos, conselheiro do Cremesp e coordenador de Controle de Doenças de São Paulo.
Vacina fracionada
Estudo divulgado pela Comissão Nacional de Imunização, no mês de outubro, comprovam efeitos da vacina fracionada por longo prazo. Pessoas que tomaram apenas um décimo da vacina continuam apresentado proteção contra a doença até nove anos depois da aplicação.
Em pesquisas anteriores, o resultado apontava para no máximo um ano de imunidade ao vírus. Devido a alta procura e os recentes estudos, o governo do Estado estuda fracionar a vacina contra febre amarela.
O que é febre amarela?
É uma doença infecciosa aguda de curta duração (no máximo 10 dias) com gravidade variável. A transmissão acontece pela picada dos mosquitos Haemagogus e Sabethes e não ocorre de pessoa para pessoa.
Os sintomas frequentes são: febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (a pele e os olhos ficam amarelos) e hemorragias (de gengivas, nariz, estômago, intestino e urina).
Tratamento
O tratamento é apenas sintomático, com cuidadosa assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso, com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicado.
Nas formas graves, o paciente deve ser atendido em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para reduzir as complicações e o risco de óbito. Salicilatos devem ser evitados (como AAS e Aspirina), já que seu uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas. O médico deve estar alerta para quaisquer indicações de um agravamento do quadro clínico.
Fontes: Secretaria de Estado da Saúde, Ministério da Saúde e Estadão