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Paciente é atendido com luz de celular em pronto-socorro


Faltou luz, mas a unidade, sem gerador, ficou totalmente no escuro.Homem com câncer sofria com dor e não podia esperar a luz voltar

Um flagrante da falta de estrutura nos serviços de saúde: um paciente de Osasco foi atendido só com a luz de um celular. Faltou luz no pronto-socorro, mas a unidade não tinha gerador e ficou totalmente no escuro.

A unidade estava cheia de baldes, porque estava com várias goteiras. Enquanto isso, no estádio de futebol que fica ao lado, a iluminação funcionava direitinho. Acompanhe a história na reportagem de Fábio Turci.

Não dava para esperar a luz voltar. O paciente com câncer sofria de dor e, no pronto-socorro às escuras, a única luz que restou era a do celular. Com a cunhada do paciente usando o próprio telefone para iluminar, o enfermeiro aplicou a injeção com a medicação.

A sobrinha do paciente filmou tudo. “Tive a ideia de filmar, porque eu achei um absurdo aquilo. Quando eu olhei pro lado, não tinha luz de emergência, não tinha nada. Depois de um tempo, eu fui, procurei uma lanterna, porque deixei clarear o quarto, a gente colocou uma lanterna para clarear o quarto, até voltar a energia”, conta Sandra Maria da Silva Sales.

Isso aconteceu sábado, em um pronto-socorro em Osasco, na Grande São Paulo. Ao mesmo tempo, vizinho ao pronto-socorro, o estádio municipal esbanjava luz com um sistema de iluminação novinho. “Você olha pra estrutura do pronto-socorro, cheio de baldes, porque tinha, tinha chovido, então tinha um monte de balde com as goteiras caindo, o banheiro, você vê quebrado. Você vê toda a falta de estrutura e olha para um estádio perfeito”, lamenta.

Hospital público com deficiência de infraestrutura está longe de ser uma exceção no Brasil. Mesmo no estado mais rico do país acaba sendo mais comum o hospital ter esse tipo de problema do que não ter.

Pesquisa feita pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo, em 71 prontos-socorros públicos, mostra que 57% atendiam pacientes em macas nos corredores. Isso no ano passado, quando o levantamento foi feito. Também em 57% dessas unidades de saúde, as equipes médicas de plantão estavam incompletas.

Em 59% faltavam materiais considerados críticos e que deveriam estar sempre à disposição, como pinças, aspiradores usados para retirar sangue e secreção dos pacientes e iluminação de emergência para cirurgias.

Para o Conselho Regional de Medicina, o SUS precisa de mais dinheiro do Governo Federal e de uma gestão melhor dos governos estaduais, das prefeituras e de todas as organizações que administram a saúde pública. O conselho recebe denúncias e encaminha para as autoridades.

“Às vezes resolve, depende muito da pressão que inclusive a população faz. A população, os profissionais de saúde. Isto é uma questão de jogo político”, afirma o ex-presidente do Cremesp, Renato Azevedo.

A prefeitura de OSASCO mandou uma nota, informando que está providenciando o aluguel de geradores para todas as unidades que realizam atendimento de urgência e emergência. E que o aluguel do gerador para o pronto-socorro mostrado na reportagem, do bairro Rochedale, está em processo de licitação.




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