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Nesta Edição
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CAPA

EDITORIAL (pag. 2)
João Ladislau Rosa, presidente do Cremesp


ENTREVISTA (pág. 3)
Geraldo Alckmin


CRISE (pág. 4)
O precário atendimento das UTIs neonatais


URGÊNCIA & EMERGÊNCIA (pág. 5)
Serviços hospitalares


ESPECIAL I (pág. 6)
Doação de órgãos


ESPECIAL II (pág.7)
Doação de órgãos


ESPECIAL III (pág. 8)
Doação de órgãos


ESPECIAL IV (pág. 9)
Doação de órgãos


EVENTOS (pág. 11)
Agenda dos conselheiros


ANUIDADE 2015 (pág. 12)
Valores da anuidade para PF e PJ


JOVENS MÉDICOS (pág. 13)
Preenchimento da DN


TESTAMENTO VITAL (pág. 14)
Encontro contou com palestrante português


BIOÉTICA (pág. 15)
Atendimento médico


GALERIA DE FOTOS



Edição 321 - 12/2014

EDITORIAL (pag. 2)

João Ladislau Rosa, presidente do Cremesp


O valor dos médicos e o valor da vida

 

“Para nós, não há dúvida: você, médico, é um exemplo de amor e dedicação à profissão e ao outro”
 

   Já faz algum tempo os transplantes de órgãos transformaram-se em importante terapêutica para salvar e prolongar vidas. No Brasil, o índice de acerto à substituição cirúrgica supera hoje os 90%. É um dado fantástico, especialmente se consideramos que, em apenas três décadas, nossas estatísticas de sucesso evoluíram em 50%. 

Uma série de fatores contribui para essa boa performance. Entre eles, os avanços tecnológicos, os novos fármacos e técnicas, as campanhas da Associação Brasileira de Trans­plantes de Órgãos (ABTO), a maior conscientização dos doadores, a qualificação dos processos de captação em níveis estadual e federal, além da criação da fila única.

Porém, o programa de doação de órgãos só atingiu esse excelente estágio graças ao empenho e abnegação de um grupo de médicos que doa parte das vidas para salvar o próximo. Nesta edição do Jornal do Cremesp, trazemos alguns desses personagens e suas histórias fantásticas. São profissionais que se chamam “doação”. Estão em plantão permanente para atender a um chamado, seja nos feriados ou durante eventos sociais.

Não é exagero afirmar que esses colegas desafiam uma inóspita gangorra de emoções, o que torna sua prática ainda mais digna de respeito e reconhecimento. Se por um lado utilizam a técnica e perícia para buscar sobrevida a uns – e merecem gratidão de seus familiares e amigos –, por outro, lidam com a perda e a angústia dos entes dos doadores.

São fundamentais equilíbrio e sensibilidade para bem cumprir essa missão. Sentimentos como o humanismo e a cumplicidade estão invariavelmente misturados ao irrigar a paciência e ao alimentar da fé. Devido à demora que ainda pontua a obtenção de um órgão para transplante, esses médicos muitas vezes sofrem com a sensação de impotência e com a tristeza de ver vidas humanas escapar-lhes das mãos abruptamente. Mesmo absolutamente conscientes de que poderiam agir de forma eficaz para preservá-las.

Ao tratar desse tema, o Jornal do Cremesp aproveita o clima de fim de ano e de renovação de esperanças para homenagear todos os médicos de São Paulo e do Brasil. Cada um em seu campo, com suas ferramentas e empenho é personagem importante da melhor de todas as batalhas: a luta pela vida e pelo bem estar. Assim, merecem nossa admiração e cumprimentos.

Nos últimos anos, os profissionais de Medicina passaram por momentos difíceis, em virtude de uma campanha que buscou colocá-los como responsáveis das mazelas do sistema de saúde e do péssimo atendimento oferecido à população. O tempo, certamente, restabelecerá a verdade. Para nós, contudo, não há dúvida: você, médico, é um exemplo de amor e dedicação à profissão e ao outro. Parabéns e obrigado. Que 2015 marque uma etapa melhor  para todos nós.

 


 

Opinião

 

Episiotomia não é  violência obstétrica

Krikor Boyaciyan
Conselheiro do Cremesp e coordenador da Câmara Técnica de Ginecologia e Obstetrícia

 

Há mais de duas décadas o valor real da episiotomia vem sendo questionado e estudos randomizados recentes indicam não haver justificativas para a realização da mesma de forma rotineira e sim seletiva.

Os supostos benefícios da realização da episiotomia rotineira em relação à proteção fetal, prevenção das lesões perineais, e mesmo a preservação da função se­xual, não encontraram sustentação em ensaios clínicos de diversos países e revisões sistemáticas sobre a matéria.

Recente diretriz do American College of Obstetricians and Gynecologists estabelece que os melhores dados disponíveis não apoiam o uso rotineiro da episiotomia, porém destaca sua utilidade nos partos laboriosos e naqueles onde exista grande chance de risco de lesão peri­neal grave.

A realização da episiotomia com indicação precisa constitui, portanto, prática obstétrica reconhecida.

Em atenção aos artigos 22, 24 e 31 do Código de Ética Médica (Resolução CFM nº 1931/2009), o consentimento livre e esclarecido deve ser obtido para a realização dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos dentre os quais a episiotomia está incluída.

Como princípio, a Medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade e, nesse intuito, toda a atenção do médico visa ao bem-estar dos mesmos. Dessa forma, o termo “violência” não se aplica ao exercício da Medicina e, portanto, “violência obstétrica” não configura qualquer ação médica propriamente dita.

A Câmara Técnica de Ginecologia e Obstetrícia do Cremesp repudia o termo “violência obstétrica”. Tem participado da maioria dos fóruns em que o assunto é discutido e tem respondido a todos os questionamentos que lhe são encaminhados, a respeito do tema, notadamente por autoridades oficiais. No início do próximo ano, realizaremos dois importantes simpósios no Cremesp: A mulher e a assistência ao parto e O obstetra e a assistência ao parto, com debates sobre o assunto. Discutiremos o tema de maneira muito mais ampla, e os diversos segmentos da sociedade terão oportunidade de se manifestar.

 

 


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