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    30-07-2014

    Febre do Chikungunya

    CVE/SES-SP divulga Informe Técnico sobre o manejo do vírus CHIKV transmitido pelo Aedes


    Doença é causada pelo mosquito Aedes, do mesmo gênero do transmissor da dengue

     

    O Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (CVE/SES-SP) divulgou, no dia 16 de junho, informe técnico sobre o vírus Chikungunya (CHIKV) para evitar a transmissão autóctone. A doença é causada por um vírus RNA do gênero Alphavirus, transmitido para as pessoas por mosquitos do gênero Aedes – Aedes aegypti e Aedes albopictus –, o mesmo da dengue.

    Todos os casos, suspeitos e confirmados, são de soldados do Exército Brasileiro, vindo do Haiti. Chikungunya significa “aquele que se dobra”, na língua Banto, e o vírus recebe esse nome devido às suas principais características: febre alta e artralgia.

    A maioria das infecções durante a gravidez não resulta na transmissão do vírus para o feto. Existem, porém, raros relatos de abortos espontâneos após a infecção. Casos raros de transmissão por punção acidental já foram descritos, portanto teoricamente é possível transmissão transfusional.

    Sintomas
    Os sintomas da doença aparecem após um período de incubação intrínseco de três a sete dias. A doença aguda é mais comumente caracterizada por febre de início súbito, maior que 38,5°C, e dor muscular intensa. Os tornozelos, punho e articulações da mão tendem a ser mais afetados, podendo atingir também, articulações maiores como o joelho, o ombro e a coluna. Outros sinais e sintomas podem incluir cefaléia, dor difusa nas costas, mialgia, náusea, vômito, poliartrite, erupção cutânea e con­juntivite. O predomínio da dor articular sobre os outros sintomas contribui na diferenciação com a dengue, o paciente consegue definir claramente quais são as articulações afetadas.

    A fase febril do CHIKV dura geralmente de três a 10 dias. Também é frequente a ocorrência de exantema maculopapular. Formas atípicas podem incluir manifestações ne­urológicas, fenômenos hemorrágicos, uveíte, retinite, miocardite, hepatite e nefrite.

    Evolução
    A maioria dos pacientes apresenta melhora depois de sete a 10 dias. Alguns indivíduos podem ter dores articulares por meses ou anos. Em uma proporção variável de casos, essas artrites evoluem com dor articular crônica incapacitante e outros sintomas como poliartrite, tenossinovite e síndrome de Raynaud.

    Quadros mais graves podem acometer pessoas com risco acrescido, como idosos, hipertensos, diabéticos ou portadores de doenças cardíacas e os recém-nascidos expostos ao vírus durante o parto.

    Óbitos causados por Chi­kun­gunya são raros. A taxa de letalidade da doença é um óbito para cada 1 mil casos.

    Tratamento
    Não existe tratamento específico para a infecção aguda pelo CHIKV. Analgésicos e antitérmicos devem ser utilizados para controle da dor e da febre. O uso de AAS e outros anti-inflamatórios não esteroidais deve ser evitado até que a hipótese de dengue seja descartada. Em casos de dor muito intensa, pode ser necessário o uso de opioides. Existem trabalhos que demonstram algum benefício no tratamento dos casos crônicos com ribavirina.

    Os indivíduos expostos ao CHIKV adquirem imunidade duradoura.

     



    Prevenção

    • Não existe vacina disponível, embora existam várias sendo estudadas;
       
    • As medidas de saúde coletiva  devem ser estabelecidas para minimizar a exposição do paciente ao mosquito, evitando que ocorra transmissão autóctone;
       
    • Recomenda-se que os pacientes com Chikungunya usem calças e mangas longas, repelentes à base de DEET, reaplicando periodicamente, e fiquem em ambientes protegidos com telas milimetradas até o 10° dia de sintoma.

     


     

    Notificação

    A Febre do Chikungunya é uma doença cuja suspeita deve ser notificada imediatamente (em menos de 24 horas) às Secretarias Municipal e Estadual e ao Ministério da Saúde de acordo com o Anexo I, da Portaria n° 1.271, de 6 de junho de 2014, do Ministério da Saúde.

    A notificação de caso suspeito no Estado de São Paulo deverá ser feita também por meio do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, pelo email notifica@saude.sp.gov.br ou por telefone 0800-555466.

     



    Orientações

    Informações sobre detecção de casos, além da definição de caso suspeito ou confirmado, podem ser encontradas no informe técnico divulgado pelo CVE/SES-SP no site http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/zoo/chikungunya.htm, assim como a Ficha Interina de Investigação de Febre do Chikungunya.

     


     

    Histórico da Febre do Chikungunya

    Os primeiros casos da doença foram registrados entre as décadas de 1950 e 1960 nos países africanos. Posteriormente também foram encontrados casos no Sul e no Sudeste da Ásia e em Ilha do Oceano Índico e Pacífico. Já nos anos 2000, foram descritos surtos autóctones no Sul da Europa.

    Em 2013, a Febre do Chikungunya chegou às ilhas do Caribe. Na ultima atualização de 6 de junho de 2014, foram notificados infectados em Antígua e Barbuda, República Dominicana, Haiti, São Vicente e Granadinas, além de casos importados de outros países que chegaram aos Estados Unidos, ao Panamá, à Cuba, ao Chile, à Aruba, a Barbados e ao Brasil.


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