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    04-02-2015

    Exame do Cremesp

    Reprovação chega a 55% dos recém-formados em Medicina no Estado. Índice alcança 65% entre escolas privadas


    Luna Filho e Renato Azevedo durante apresentação dos resultados do exame 

     

    Com alto índice de reprovação, o Exame do Cremesp de 2014 confirma situação alarmante do ensino em escolas médicas. Os resultados da avaliação de  médicos recém-formados foram divulgados em coletiva de imprensa, nesta quinta-feira, 29/01.

    O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) promoveu, em outubro de 2014, a décima edição do Exame do Cremesp, que avalia o desempenho dos recém-formados em Medicina. O registro no CRM não depende do desempenho ou da aprovação nas provas.

    Dos 2.891 recém-formados em escolas médicas do Estado de São Paulo que participaram do Exame em 2014, um total de 1.589 – ou 55% deles – não atingiu o critério mínimo definido pelo Cremesp. Ou seja, acertaram menos de 60% do conteúdo da prova. Os outros 45% – ou 1.302 egressos – acertaram mais de 60% do conteúdo. Entre as escolas públicas paulistas, a reprovação foi de 33%. Já entre os cursos de Medicina privados do Estado de São Paulo, 65,1% foram reprovados.

    “Esse resultado demonstra a má qualidade do ensino médico no País”, destacou  presidente do Cremesp, Bráulio Luna Filho, durante a coletiva de imprensa, que teve também a participação do 1º Secretário, Renato Azevedo Júnior.  “Toda vez que um indivíduo despreparado entra para atender no sistema de saúde, propicia o mau uso dos recursos, tais como exames etc, além de representar um risco para os pacientes assistidos”, completou o presidente do Cremesp.


    Coletiva de imprensa aconteceu na sede do Cremesp na Capital paulista
     

    Luna Filho revelou também que a plenária do Cremesp discute, atualmente, o   monitoramento dos recém-formados que não conseguiram desempenho mínimo na prova, por meio do acompanhamento de frequência em cursos de atualização, entre outros.    

    No ano em que completa dez anos, o Exame do Cremesp teve recorde de participantes das escolas paulistas, com abstenção de apenas 0,9% de 2.916 inscritos. Em 2013, a abstenção foi de 2,8%; em 2012, foi de 2,5%.

     


    Presidente do Cremesp: resultado demonstra má qualidade das escolas

    A avaliação do Cremesp foi instituida em 2005, mas até 2011 a participação dos recém-formados  na prova não estava condicionada à concessão de registro profissional.

    A edição 2014 do Exame contou com 120 questões objetivas de múltipla escolha, abrangendo problemas comuns da prática médica em nove áreas básicas: Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Pediatria, Ginecologia, Obstetrícia, Saúde Mental, epidemiologia, Ciências Básicas e Bioética.

    Legalmente o Cremesp não pode impedir o médico sem formação adequada de exercer a Medicina. “Estamos tentando mudar essa situação. Temos trabalhado com todas as escolas, por meio de uma Câmara Temática, para discutir a formação e a maneira como o Conselho pode interferir para mudar esse cenário”, revelou Luna Filho.  “Como não conseguimos colocar uma ferramenta obrigatória que impeça o aluno com mau desempenho de exercer a profissão, temos tentado acompanhar o a formação dos alunos, por meio de comissões”, concluiu.  

    Renato Azevedo alertou para o fato de mais da metade não alcançar a média mínima, o que evidencia problemas graves na formação médica. “A decisão de impedir que indivíduos formados inadequadamente exerçam a Medicina, colocando o cidadão em risco, cabe à sociedade brasileira, com a criação de leis que cerceiem essa prática”, completou Azevedo.

    Resultados da edição 2014

    • Reprovação chega a 55% dos recém-formados em Medicina em São Paulo.
    • Entre aqueles que cursaram escolas privadas, 65% não alcançaram nota mínima.
    • Entre os formados em escolas médicas de outros Estados, 63% não passaram no Exame.

     

    Acesse  também:

    Íntegra dos resultados do Exame do Cremesp 2014

    Fonte: Cremesp/ Fotos: Osmar Bustos. Autorizada a reprodução do texto, desde que citada a fonte.

     

     

    Tags: ExameCremesp2014medicinarecém-formadosresultadoensino.

    Veja os comentários desta matéria


    O resultado obtido pelos alunos de escolas privadas não surpreende, a maioria delas não têm interesse em formar médicos, mas, sim, em usar a faculdade de medicina como alavanca de propaganda, cenário mais que conhecido pelos profissionais e com a omissão total do MEC. O problema vai agravar-se com a abertura de mais trinta e quatro escolas médicas, catorze em São Paulo. Tenho outra preocupação com os 33% dos alunos das escolas públicas reprovados. Sabemos o que ocorreu com o ensino secundário quando o público era muito melhor que o privado e o regime militar levou a um nivelamento por baixo. Como pensar um país sério e responsável diante de uma gestão pública leviana, irresponsável e medíocre?
    carlos alberto pessoa rosa

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