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    15-04-2015

    Renato Françoso

    Interação médico-indústria: um mal a ser combatido

    I

    O Cremesp publicou no Diá­rio Oficial do Estado de São Paulo, no dia 3 de fevereiro, resolução que “estabelece os critérios norteadores da relação dos médicos com as indústrias de orteses, próteses, materiais especiais e medicamentos”.

    O Conselho Federal de Medicina já havia se manifestado sobre o tema por meio das resoluções 1614/01 e 1956/10 e de inúmeros pareceres. Por que tanta preocupação com o tema quando todos sabemos que o número de médicos que mantém esta relação promíscua e deletéria com as indústrias de insumos é muito pequeno?

    O Código de Ética vigente proíbe qualquer tipo de interação entre o médico e o comércio e indústria de drogas, equipamentos e insumos. A prescrição dos tratamentos deve ser orientada exclusivamente pelas evidências de eficácia cientificamente comprovada, jamais por interesses na obtenção de recompensa pecuniária ou de qualquer outra natureza.  Os “considerandos” da resolução 273 explicitam as razões nas quais se baseiam essa proibição.

    Aliás, nem seria necessário. É tão eloquente a obviedade desses argumentos que seria redundante repeti-los. Mas, ainda assim, existem colegas que acham que não há mal algum em receber percentuais sobre indicação de órteses, próteses, antibióticos e fios cirúrgicos.

    O médico deve ter seu ganho­ justo e honesto advindo da rubrica “honorários médicos”. Se são vis e vergonhosos, vamos estabelecer estratégias de lutas para torná-los compatíveis com o grau de responsabilidade e complexidade da profissão.  O que não se admite é que, com o argumento de que ganhamos mal, estejamos autorizados a nos vendermos à indústria.

    Com a prática da “vantagem”, ajudamos a encarecer os produtos, sangramos os sistemas público e privado de saúde, roubamos dos colegas que trabalham pautados pelos valores éticos da Medicina.

    A remuneração dos atos médicos deve ser atrativa aos melhores cérebros, afinal, a população precisa deles para cuidar da Saúde, seu bem maior. Por isso mesmo, a Medicina não pode ser comércio. Os médicos não podem ser submetidos a cargas absurdas de trabalho para conseguir ter um nível de vida qualificado. Precisam ser muito bem pagos. Mas que isso seja uma conquista lastreada na conduta ética e no exercício honesto da profissão.

     

    Renato Françoso é conselheiro do Cremesp

    Tags: ato médicoindústriaconflitos de interessefarmacêutica.

    Veja os comentários desta matéria


    Concordo com o dr Renato, mas o comprometimento é muito maior do que se mostra aos nossos olhos. Hoje com certeza mais de 50% dos profissionais têm essa relação mais afunilada do que sabemos. Existe ate um programa de computador que está instalado nas farmácias e que certas indústrias farmacêuticas monitoram todo o receituário médico através dos pacientes que vão comprar seu medicamento. Mas a maior interferência está nas farmácias de manipulação e nos pedidos de exames de laboratório, que são comissionados na grande maioria destes pedidos e fórmulas prescritas.
    ADAO PAULINO RIBEIRO

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