Últimas Notícias
Ato Médico
Cremesp leva à Polícia Civil e Anvisa farmacêutico que realizou e feriu paciente em procedimento estético
Atualização profissional
Cremesp lança segunda edição do Manual Melhores Práticas Clínicas na Covid-19
Programa Mais Médicos
Fiscalização do Cremesp encontra irregularidades em São Bernardo do Campo
Acreditação de escolas
Cremesp recebe SAEME-CFM para falar sobre qualidade do ensino médico
Notícias
08-10-2015 |
Audiência |
Cremesp e Coren-SP obtêm apoio da Secretaria de Segurança Pública para coibir violência contra profissionais da saúde |
Os presidentes do Conselho Regional de Medicina, Bráulio Luna Filho, e do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo, Fabíola de Campos Braga Mattozinho, foram recebidos em audiência pelo secretário de segurança pública do Estado de SP, Alexandre de Moraes, na tarde da terça-feira, 6 de outubro. Também participaram da reunião o vice-presidente e o procurador jurídico do Coren-SP, respectivamente Mauro Antonio Pires e Denis Camargo Passerotti, além do assessor jurídico do Cremesp, Osvaldo Pires Simonelli. A audiência ocorreu por solicitação de ambos os Conselhos. Estiveram em pauta os casos recorrentes de violência contra médicos, profissionais de enfermagem e outros agentes de saúde. Fabíola de Campos Braga Mattozinho levou ao conhecimento da Secretaria de Segurança Pública resultados de sondagem do Coren-SP, apontando que mais de 70% dos profissionais de enfermagem já sofreram algum tipo de agressão. Também abordou especificamente situações limítrofes, como um estupro ocorrido recentemente na região metropolitana e o caso de agressão a uma enfermeira grávida em serviço. “O Conselho acolhe essas demandas, mas estamos sentindo necessidade de empreender uma parceria com o Estado, na lógica de identificar essas questões e os motivos dos casos de violência, criando um caminho para que o profissional sinta-se, ao menos, acolhido. É essencial encontrar formas de minimizar cada vez mais a truculência”, pontua a presidente do Coren-SP. Bráulio Luna Filho passou ao secretário Alexandre de Moraes um quadro geral sobre enquete feita junto a médicos pelo portal do Cremesp. Ainda comentou pesquisa Datafolha da Sociedade de Pediatria de São Paulo, atestando que sete em cada dez médicos sofreram violência. Aliás, o próprio Cremesp promove nesse momento duas novas pesquisas sobre o tema com o Datafolha: uma com os profissionais de medicina e outra com a população. “Atualmente, temos a informação; mas é mister definir como atacar o problema e resolvê-lo. Trabalhando em conjunto com o Conselho de Enfermagem e a Secretaria de Segurança e da Saúde, aumentamos a possibilidade de interferir de maneira positiva e enfrentar essa questão com resolubilidade”, ressalta o presidente do Cremesp. “As pesquisas que estamos fazendo com o Datafolha nos darão substrato científico para isso”. O secretário de Segurança Pública mostrou-se sensibilizado com as apresentações, acordando de imediato alguns encaminhamentos de cunho preventivo. De início, a SSP se propõe a abrir um canal de comunicação com a Secretaria da Saúde do Estado que possibilite denúncias, mais agilidade e segurança para os gestores relatarem casos de violência. “Esse fluxo interno é fundamental”, comenta Fabíola Mattozinho. “Assim possibilitaremos que os profissionais tenham um canal competente para que o profissional denuncie episódios de violência e tenha retorno rápido, sem medo de represálias”. O secretário Alexandre de Moraes se dispôs a envolver os Conselhos Comunitários de Segurança nesse debate. Os Consegs são formados por grupos de pessoas do mesmo bairro ou município, que se reúnem para discutir e analisar, planejar e acompanhar a solução de seus problemas comunitários de segurança, além de desenvolver campanhas educativas e estreitar laços de entendimento e cooperação entre as várias lideranças locais. “Temos a impressão de que os Conselhos terão todo o interesse em participar de ações para garantir a integridade de médicos e enfermeiros, inclusive porque, como representantes da comunidade, compreendem o quanto tais profissionais são importantes para o bom andamento das políticas de saúde”, pondera Bráulio Luna Filho. Cremesp e Coren-SP se comprometeram, por fim, a mapear regiões com mais situações de conflito, para que a SSP possa atuar na formatação de um modelo para melhorar a segurança de médicos e profissionais de enfermagem em todo o Estado. |