Busca
Classificação de assuntos:

Pesquisa por palavra-chave:


Últimas Notícias
  • 27-03-2024
    Ato Médico
    Cremesp leva à Polícia Civil e Anvisa farmacêutico que realizou e feriu paciente em procedimento estético
  • 25-03-2024
    Atualização profissional
    Cremesp lança segunda edição do Manual Melhores Práticas Clínicas na Covid-19
  • 25-03-2024
    Programa Mais Médicos
    Fiscalização do Cremesp encontra irregularidades em São Bernardo do Campo
  • 22-03-2024
    Acreditação de escolas
    Cremesp recebe SAEME-CFM para falar sobre qualidade do ensino médico
  • Notícias


    08-06-2017

    Cracolândia

    Aranha: “Internação compulsória não é politica pública, é apenas um procedimento dentro da política de saúde pública”

     

     

    O presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), Mauro Aranha, defendeu que a gradual superação do problema da Cracolândia deve ser uma “missão humanitária, com uma abordagem de saúde individualizada que proteja a integridade” do paciente.

    Aranha participou, na última terça-feira (6/6), do debate “Cracolândia: soluções rápidas para problemas complexos? O que precisa ser dito”, promovido pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp), em conjunto com a Associação Brasileira Multidisciplinar de Estudos sobre Drogas (Abramd), para discutir a tentativa da Prefeitura Municipal de São Paulo de promover a internação compulsória em massa de usuários de drogas que se concentram na área central da cidade, conhecida como Cracolândia. A medida foi impedida pela Justiça. 

     

    “Internação compulsória não é politica pública, é apenas um procedimento dentro de uma política de saúde pública. A própria Lei 10.216/01 ordena a internação de forma crescente: primeiro vem a voluntária, seguida da involuntária e da compulsória”, afirmou Aranha. O presidente do Cremesp também falou aos presentes sobre a reunião que teve com o secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara, e com o novo coordenador técnico do Programa Redenção na Cracolândia, Arthur Guerra de Andrade, para discutir protocolos éticos e médicos de atendimento mais adequados para a região. No encontro foram estabelecidas formas de abordagem, participação de equipes multidisciplinares junto aos médicos, critérios clínicos e cuidados médico-hospitalares na indicação de internação de usuário dependente de drogas.

    Elisaldo Carlini, médico, professor emérito da Unifesp e diretor do Cebrid, elogiou a posição e as iniciativas do Cremesp em relação aos episódios da Cracolândia. “Vejo o Cremesp com uma postura muito bonita”, afirmou. Carlini criticou duramente a ação da Prefeitura e do Governo do Estado, que em 21 de maio (deste ano) autorizaram a violenta ação policial na região, que deteve mais de 40 pessoas, destruiu barracas e demoliu prédios com pessoas dentro. Para Carlini, foi uma ação truculenta contra “despossuídos e despojados”. Ele defendeu que o problema da Cracolândia seja tratado com seriedade, humanidade, dignidade e solidariedade.

    “É muito importante que este debate esteja acontecendo na academia, porque o enfretamento do problema da Cracolândia não é para leigos, não é para achismos. Temos um forte trabalho desenvolvido há anos por especialistas que não pode ser ignorado“, afirmou o promotor de Justiça do Ministério Público de São Paulo, Arthur Pinto Filho.

    O coordenador do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (Proad) da Unifesp, Dartiu Xavier, lembrou que a sociedade viu “com indignação as imagens da invasão da Cracolândia”. Ele lembrou que uso de droga é muito antigo na história da humanidade e falou também sobre o grave problema da prática institucional de racismo e discriminação embutida nas ações policiais contra usuários de drogas no país, que prende, principalmente, negros moradores da periferia. “Muitas pessoas usam drogas e apenas uma parte pequena tem problemas pelo uso”, afirmou Xavier.  

     

     

    Participaram do debate, os presidentes da Abramd, Rubens Adorno, e do Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas (Coned), Murillo Batistti; Solange Nappo, do Cebrid; Ed Ostuska, conselheiro do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo, Juliana Borges, da Iniciativa Negra por uma Nova Política de Drogas, Maurício Fiore, da Plataforma Brasileira sobre Drogas e Maria Angélica Comuisa, ex-coordenadora do Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas de São Paulo (Comuda). 

    Fotos: Osmar Bustus


    Este conteúdo teve 8 acessos.


    CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE SÃO PAULO
    CNPJ: 63.106.843/0001-97

    Sede: Rua Frei Caneca, 1282
    Consolação - São Paulo/SP - CEP 01307-002

    CENTRAL DE ATENDIMENTO TELEFÔNICO
    (11) 4349-9900 (de segunda a sexta feira, das 8h às 20h)

    HORÁRIO DE EXPEDIENTE PARA PROTOCOLOS
    De segunda a sexta-feira, das 9h às 18h

    CONTATOS

    Regionais do Cremesp:

    Conselhos de Medicina:


    © 2001-2024 cremesp.org.br Todos os direitos reservados. Código de conduta online. 309 usuários on-line - 8
    Este site é melhor visualizado em Internet Explorer 8 ou superior, Firefox 40 ou superior e Chrome 46 ou superior

    O CREMESP utiliza cookies, armazenados apenas em caráter temporário, a fim de obter estatísticas para aprimorar a experiência do usuário. A navegação no site implica concordância com esse procedimento, em linha com a Política de Cookies do CREMESP. Saiba mais em nossa Política de Privacidade e Proteção de Dados.