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Mobilização

Cremesp reúne entidades para defender funcionamento do Hospital Universitário da USP

Na última segunda-feira (13/11), o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) realizou uma reunião para discutir a situação do Hospital Universitário (HU) da Universidade de São Paulo (USP), que tem enfrentado sérias dificuldades para manter um atendimento adequado para seus usuários. A situação agravou-se com a implantação de programas de demissões voluntárias de médicos e outros profissionais – sem reposição do quadro funcional – e a redução de financiamento. O HU corre o sério risco de fechar as portas.

O presidente do Cremesp, Lavínio Nilton Camarim, conduziu a reunião, que contou com autoridades da área da saúde e diversos representantes de instituições e da sociedade civil. Estiveram presentes, Eduardo Ribeiro Adriano, secretário adjunto da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, Wilson Pollara, secretário Municipal de Saúde de São Paulo, Amanda Alves D'Arienzo, analista do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), Cleberson Pereira, da Câmara dos Vereadores de São Paulo, Guilherme Andrade Peixoto, presidente da Associação dos Médicos Residentes do Estado de São Paulo (Ameresp) e representando a Associação dos Médicos Residentes da USP (Amerusp), o diretor clínico do HU, Juang H. Chau, representantes do Centro Acadêmico Oswaldo Cruz, da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), representantes do Coletivo Butantã na Luta (formado por moradores da região e profissionais do HU) , Miguel Srougi, professor titular de Urologia da FMUSP, entre outros.

O HU é referência para 450 mil moradores do bairro de Butantã (zona Oeste do município de São Paulo) e região, além de funcionar como Hospital Escola. Segundo Camarim, a intenção do Cremesp ao reunir os principais atores envolvidos no problema pelo qual atravessa o HU, é a de mediar as discussões que contemplem e assegurem o bom funcionamento da unidade, dando condições de trabalho aos médicos e residentes, para que possam continuar oferecendo o atendimento de qualidade que sempre prevaleceu naquela unidade. "O Cremesp mobiliza-se, neste momento, para defender a continuidade do funcionamento do HU, um equipamento de saúde tão importante para a população do Butantã.  Finalizamos a reunião com o propósito de cobrarmos da reitoria da USP uma solução definitiva", afirmou o presidente do Cremesp.

Mas a mobilização para que o HU não feche suas portas continua. Os estudantes da FMUSP entraram em greve no dia 13/11 e realizaram um Ato Público na terça-feira (14/11), em frente ao MASP (região central de São Paulo), por contratações para o HU. O Coletivo Butantã na Luta programou um Abraço ao HU, no próximo dia 24/11, em defesa daquela unidade hospitalar. A concentração será no Portão 3 da USP. O coletivo também comanda um abaixo-assinado, com o mesmo propósito, que já conta com mais de 25 mil assinaturas.  

Fotos: Osmar Bustos