Últimas Notícias
Ato Médico
Cremesp leva à Polícia Civil e Anvisa farmacêutico que realizou e feriu paciente em procedimento estético
Atualização profissional
Cremesp lança segunda edição do Manual Melhores Práticas Clínicas na Covid-19
Programa Mais Médicos
Fiscalização do Cremesp encontra irregularidades em São Bernardo do Campo
Acreditação de escolas
Cremesp recebe SAEME-CFM para falar sobre qualidade do ensino médico
Notícias
10-08-2019 |
Fórum |
Treinamento, capacidade técnica e experiência do médico promovem a segurança do paciente em procedimentos injetáveis |
O Brasil é o 2º país em maior número de cirurgias plásticas realizadas no mundo e o 3º em procedimentos injetáveis (toxina botulínica, preenchedores, bioestimuladores de colágeno, tratamentos com tecnologia de luz e laser e peelings), atrás dos Estados Unidos e do Japão. Do total de 23.390.542 procedimentos não cirúrgicos realizados nos Estados Unidos, 8.572.196 são injetáveis, ou seja, cerca de 30% dos procedimentos com fins estéticos, de acordo com a International Society of Aesthetic Plastic Surgery. A tendência é crescente, especialmente diante de um cenário de envelhecimento da população, da evolução dos tratamentos preventivos, terapêuticos e estéticos e do desejo de envelhecer bem. A melhora na aparência e nas relações interpessoais, o aumento da autoestima e a intenção de manter-se competitivo no mercado de trabalho têm incrementado a procura pelos procedimentos e, consequentemente, elevado o número de complicações. Ciente de seu papel de levar conhecimento aos médicos e prevenir possíveis denúncias e processos éticos-profissionais, o Cremesp, em parceria com a Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional São Paulo (SBD-RESP), promoveu o Fórum de Segurança do Paciente, neste dia 10 de agosto, no auditório de sua sede. “A segurança na realização dos procedimentos injetáveis depende do preparo técnico, do estudo, da atualização, da utilização de técnicas reconhecidas cientificamente e da experiência do profissional médico”, afirmou Camila Cazerta, dermatologista, conselheira e coordenadora da Câmara Técnica de Dermatologia do Cremesp. Ela, que coordenou o evento juntamente com a SBD-RESP, proferiu palestra oferecendo um panorama dos procedimentos médicos estéticos injetáveis no Brasil e no mundo . A conselheira alertou ainda sobre o seguimento médico após a aplicação, visando minimizar complicações, e a importância da solicitação do termo de consentimento do paciente. “As complicações relacionadas aos procedimentos injetáveis vêm crescendo e já não basta apenas a ação do Cremesp, mas um trabalho em conjunto com as sociedades de especialidades, a Ordem dos Advogados do Brasil e o Ministério Público, buscando unir esforços pela segurança do paciente, do médico e da sociedade. Esse tem sido um dos trabalhos de mudança desenvolvidos nesta nova gestão”, disse Mário Jorge Tsuchiya, presidente do Cremesp, que esteve presente à abertura do evento, juntamente com Angelo Vattimo, diretor 1º secretário do Conselho; Eliandre Palermo, presidente da SBD-RESP; Sérgio Luiz Lira Palma, presidente da SBD; Níveo Steffen, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica; Aline Jurca Z. Vicente Alves, promotora de Justiça e assessora da Sub-Procuradoria Geral de Políticas Criminais e Institucionais (MPSP); e Celso Fernando Gioia, conselheiro seccional da Ordem dos Advogados do Brasil-São Paulo (OAB-SP). Vattimo destacou que a atuação do Cremesp é de proteção da sociedade e da boa prática médica. “Temos lutado em duas frentes: contra a invasão de profissionais de outras áreas em atos médicos e em relação a médicos registrados mas não habilitados. Cabe a nós conscientizar a classe médica e reduzir o número de processos no Cremesp”. Complicações vasculares “Os procedimentos estéticos estão sendo banalizados, quando o foco tem que ser diferente, com profissionais com atitudes médicas éticas, inclusive na propaganda voltada ao público jovem”, afirmou Eliandre. Ela também expôs a gravidade das complicações, propondo um novo termo para qualificar “procedimentos minimamente invasivos”. Ela ressaltou que agilidade no diagnóstico precoce e tratamento adequado são fundamentais na reversão dos casos, incluindo interrupção do procedimento, massagens e injeções de hialuronidase. O Fórum ainda contou com palestras em relação ao uso do hialuronidase e suas implicações práticas e também discussões acerca de defesa profissional. Fotos: Osmar Bustos |