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CAPA

PONTO DE PARTIDA (pág. 1)
Mauro Gomes Aranha de Lima


ENTREVISTA (pág. 4)
Kerry Sulkowicz


CRÔNICA (pág. 10)
Fabrício Carpinejar*


CONJUNTURA (pág. 12)
Intoxicação alcoólica


DEBATE (pág. 16)
Lei Maria da Penha e a violência contra a mulher


MÉDICOS NO MUNDO (pág. 23)
Denis Mukwege


HOBBY DE MÉDICO (pág. 27)
Vidal Haddad Júnior


GIRAMUNDO (Pág. 30 e 31)
Avanços da ciência


PONTO COM (Pág. 32 e 33)
Mundo digital & tecnologia científica


HISTÓRIA DA MEDICINA (Pág. 34)
Paulo Tubino* e Elaine Alves**


CULTURA (Pág. 38)
Fernando Zarif


GOURMET (Pág. 44)
Kelma Vera Donuetts


MÉDICOS QUE ESCREVEM (pág. 42)
Luiz Carlos Aiex Alves*


FOTOPOESIA (Pág. 48)
Paulo Neruda


GALERIA DE FOTOS


Edição 76 - Julho/Agosto/Setembro de 2016

PONTO DE PARTIDA (pág. 1)

Mauro Gomes Aranha de Lima

Para humanizar as nossas relações

 

  O Cremesp acaba de lançar ampla campanha publicitária com o mote “Nada substitui o olhar, o toque, a conversa. O calor humano também cura”. A razão que nos move é a de humanizar cada vez mais a relação médico-paciente.

Em tempos em que novas soluções tecnológicas são criadas para auxiliar a prática da medicina, temos assistido a um preocupante desvio de valores. Máquinas e propedêutica armada sendo usadas em frequência abusiva para substituir o insubstituível: a anamnese, o olho no olho, o escutar, o auscultar, o conhecimento científico e a sensibilidade do ser médico.

(Re)humanizar a Medicina requer tarefa reflexiva e propositiva a partir dos fundamentos, dos valores e das contingências que envolvem o fenômeno humano e deve permanecer entre nossas prioridades presentes e futuras. O campo dos direitos do homem e de suas garantias individuais e sociais não nos permite repousar um só instante, sob pena de assistirmos à negação de princípios adquiridos, ao nascimento ou perpetuação de regimes opressores, ou até a barbáries mais visíveis, entre outras deformações.

Esta edição da revista Ser Médico, no debate sobre a violência à mulher, retrata bem uma das faces da falta de cuidado social e da perda da noção de fraternidade. Dez anos após a entrada em vigor da Lei Maria da Penha, o Brasil aparece em um ultrajante 5º lugar no ranking mundial da violência contra o gênero feminino.

 Mediado por nosso conselheiro Caio Rosenthal, o debate traz relatos de histórias estarrecedoras – feitos pela obstetra Albertina Duarte e pela infectologista Ivete Boulos – , que as impactam no dia a dia da assistência às vítimas da intransigência, do machismo e da inaceitável suposição, por expressiva fatia da sociedade, de que a mulher teria sua quota de culpa pelo agravo ocorrido. Elas indicam, também, que há despreparo de colegas para o atendimento às agredidas, sejam crianças, adolescentes ou adultas. Mas apontam para uma referência que pode multiplicar-se: o bom trabalho realizado no Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual (Navis), do HC.

Outra experiência louvável pode ser conferida em entrevista com Kerry Sulkowicz, presidente da ONG Physicians for Human Rights (PHR), organismo mundial constituído de médicos que se dedicam a defender os direitos humanos.

 Essas e outras ações verdadeiramente nos comovem. E nos remetem à esperança. Porque, ao fim e ao cabo, o que esperam de nós, médicos, aqueles que sofrem? Um olhar, um toque, uma conversa. Compromisso e envolvimento. Porque Medicina é ciência para tratar e servir.
 

Mauro Gomes Aranha de Lima

Presidente do Cremesp


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