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1 8 • S E R M É D I C O D O S S I Ê : N E U R O C I Ê N C I A E PS I QU I ATR I A | PA N O R AM A estimulação cerebral por meio de correntes elétricas foi aplicada para minimizar efeitos de doenças de diversas formas ao longo da história. Remonta ao século 1 d.C, o uso de descargas elétricas de peixes para aliviar dores de cabeça, dentre outros males, por exemplo. Entretanto, comparada às do passado, as práticas atuais contam com suportes avançados e melhores técnicas de analgesia e sedação, além de terem passado por importantes mudanças em relação ao controle da intensidade e modulação de correntes, ao tempo de aplicação e à duração dos efeitos, entre outras. Suas aplicabilidades também estão subordinadas aos avanços dos protocolos científicos, que regem tanto as práticas oficialmente aprovadas quanto as experimentais. Nesse contexto, alguns procedimentos atuais são consequência de um aprimoramento de técnicas ou condutas conhecidas. Para possibilitar a indução de uma crise convulsiva, a eletroconvulsoterapia (ECT) — que já era utilizada na década de 1930, sendo conhecida no meio leigo como “eletrochoque” — tem sua prática atual acompanhada por modernos recursos de sedação e analgesia, além de instrumentos essenciais de monitorização, que complementam esse procedimento, de acordo com protocolos de segurança do paciente bem estabelecidos. Já o desenvolvimento da Magnetoconvulsoterapia (MST) — prática ainda experimental — é consequência da tentativa de aliar algumas efetividades da ECT a uma técnica com menos efeitos adversos, que evoluiu significativamente ao longo das duas últimas décadas. A primeira convulsão induzida por MST em animal anestesiado foi realizada em 1998. Já o primeiro tratamento em humano foi iniciado no ano de 2000, na Suíça, em uma paciente de aproximadamente 20 anos de idade, com depressão refratária às medicações. A MST foi administrada com igual terapêutica anestésica e em recinto similar ao utilizado para ECT. A estimulação magnética de alta instensidade foi aplicada três vezes por semana e, após quatro aplicações, a paciente demonstrou uma queda de 50% nos escores de depressão. A Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) e a Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC) são técnicas de neuromodulação que têm se destacado como alternativas terapêuticas. Descrita por Anthony Barker, em 1985, como um método não invasivo e indolor, a EMT é um procedimento mais simples, que dispensa sedação, anestesia ou ambiente especializado, como hospitais, podendo ser realizado em uma clínica, com resposta, geralmente, em quatro semanas. O Procedimentos foram aprimorados e dispõem de melhores recursos e suporte Algumas condutas e equipamentos em Psiquiatria Intervencionista dispensam analgesia e sedação, sendo considerados simples e de baixo custo Da Redação A

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