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S E R M É D I C O • 3 9 naquele dia, Nilton Jorge ficou com uma vontade imensa de voltar a pintar. Já “semiaposentado”, como diz, tinha, agora, mais tempo disponível. “Não sei se por causa da lembrança afetiva, mas comecei a pintar novamente e não parei mais. E a pintura me ajudou muito durante a pandemia, quando ficamos reclusos em casa”, comenta. A semiaposentadoria não significa, entretanto, muita ociosidade. Ainda trabalha como médico, em média, de três a quatro dias por semana. Um deles, como médico do Trabalho, é realizado remotamente. Nos demais dois ou três dias, faz perícia judicial, em Taubaté. O restante do tempo é dividido entre os cinco netos e os pincéis. “Passo mais tempo e dou mais atenção aos meus netos do que dei aos meus filhos”, reconhece, com ummisto de lamento, por estes, e alegria, pelos netos. “Quando estão em casa, todos juntos, é uma festa. Fico com eles nas áreas de lazer e curto muito”. A pintura agora é um hobby assumido, “um passatempo espetacular”, define o médico. “E quanto mais a gente pinta, mais adquire experiência, como ocorre em todas as profissões e atividades”. Tem pintado tanto que seu apartamento, em Tamboré, e a casa de campo se encheram de quadros nos últimos anos, embora também presenteie familiares e amigos com suas obras. Para esvaziar um pouco os imóveis, decidiu vendê-los por meio de seu perfil no Instagram (@njorgeartistaplastico), incentivado por uma das noras. “Mas pinto pelo prazer de pintar. E não pretendo parar mais”, conclui.  "Pintar me ajudou muito durante a pandemia" "A pintura é um hobby assumido" [4] [5] [6] [7] [8] [4 A 8] FOTO: OSMAR BUSTOS

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