Ações como a implantação do Samu no Brasil, na década de 1999, impulsionaram o movimento pelo reconhecimento da especialização [4] S E R M É D I C O • 1 9 [4] FOTO: OSMAR BUSTOS Nesse cenário, o reconhecimento da Medicina de Emergência como especialidade tornava- -se cada vez mais urgente. As principais proposições dos fóruns foram apresentadas em abril de 2013, para parecer e votação na sessão plenária do CFM, que, por unanimidade, aprovou o reconhecimento da especialidade. A partir de então, diversas resoluções sobre Medicina de Emergência foram publicadas pelo CFM e pelos Conselhos Regionais, referentes ao funcionamento de prontos-socorros, do Samu e das UPAs, além da classificação de risco, entre outras normativas. Após dois anos, a AMB, por meio de seu Conselho Científico de Especialidades, aprovou uma moção pelo reconhecimento da Medicina de Emergência. Essa proposição foi submetida à votação na Comissão Mista de Especialidades (CME) — composta pelo CFM, AMB e CNRM — que, em setembro de 2015, finalmente reconheceu por unanimidade a Medicina de Emergência como especialidade médica. Em 2016, o Conselho Científico, composto por todas as especialidades médicas filiadas à AMB, votaram pelo credenciamento de uma das duas sociedades concorrentes, elegendo a Abramede como responsável pela formação, titulação e organização da Medicina de Emergência no País. A Abramede e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que já haviam assinado um convênio de cooperação para a formação de médico emergencista pediátrico, assumiram, perante a CNRM, também em 2016, a responsibilidade de credenciar centros de formação qualificados, adulto e pediátrico. A partir de então, foram credenciados e autorizados centros de Residência Médica para Medicina de Emergência Adulto e área de atuação para Medicina de Emergência Pediátrica, em diversos estados brasileiros. Atualmente, o programa de Residência Médica em Medicina de Emergência tem duração de três anos e conta com mais de 80 centros formadores distribuídos por todo o território brasileiro; e a Abramede, em parceria com a AMB, aplica anualmente a prova do título de especialista no País. *Médico especialista em Medicina Intensiva e em Medicina de Emergência; ex-presidente da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib) e da Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede); intensivista da UTI do Hospital N. S Conceição de Porto Alegre; e coordenador do Programa de Atualização em Medicina de Emergência (Promede). ** Médico especialista em Medicina de Emergência; ex-presidente da Abramede; professor da Universidade de Fortaleza (Unifor), coordenador da Residência em Medicina de Emergência do Ceará; gerente do Samu Fortaleza; e chefe da Unidade de Emergência do Hospital do Coração de Messejana.
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