SM_103_WEB

S E R M É D I C O • 1 N E S TA E D I Ç Ã O esta edição, a revista Ser Médico traz um especial sobre a Medicina de Emergência (ME), a nova especialidade que foi moldada e aprimorada ao longo dos tempos, em condições e ambientes sensíveis, que incluem o atendimento de pacientes em estado grave, vítimas de conflitos e desastres, entre outros eventos. A trajetória da ME, seja como área de atuação ou especialidade, é permeada também pelos avanços tecnológicos e dos protocolos médicos, além de uma prática baseada em evidências científicas. A valorização da ME vem na esteira do reconhecimento de que profissionais formados adequadamente contribuem para melhorar os indicadores da assistência à saúde, desde a porta de entrada no sistema. Sua consolidação está em curso e ainda faltam políticas de saúde que possam estruturar e instrumentalizar mais adequadamente esse setor da assistência, que é fundamental para o sistema de saúde como um todo. Naentrevistadestaedição, aprofessora Ludhmila Abrahão Hajjar — primeira mulher a assumir o cargo de docente-titular da disciplina de Medicina de Emergência da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Fmusp) — conta um pouco de sua vivência nessa área, entre outros assuntos. A matéria de história faz um resgate do início da assistência em Emergência, que inA revista inclui, ainda, seus habituais conteúdos como hobby, turismo, crônica e resenha, entre outros. O leitor conhecerá dois médicos emergencistas e surfistas que se mudaram para o litoral, em busca de uma vida saudável, conciliando o trabalho à prática do esporte radical. A edição também apresenta um pouco da Sicília, um dos destinos mais interessantes da Itália, carregado de histórias que remontam à sua ocupação por povos antigos, como os gregos. Além de seu impressionante patrimônio arquitetônico e cultural, a Sicília tem belezas naturais — como o vulcão Etna e o Orecchio di Dionísio —, praias encantadoras e uma culinária tão diversa quanto fantástica. O filme recomendado nesta edição é Oppenheimer, que conta a história do criador da bomba atômica, passando também pelos dilemas éticos que os avanços da científicos podem gerar na sociedade. Tudo isso é apenas um pouco do que os colegas encontrarão nesta edição da Ser Médico. Boa leitura!  Wagmar Barbosa de Souza Coordenador da Assessoria de Comunicação clui a primeira e a segunda guerras mundiais, abordando também as mobilizações dos últimos 50 anos que deram visibilidade e reconhecimento à área, promovendo mudanças que melhoraram, e muito, a vida dos pacientes. No Brasil, o desenvolvimento da MEestá vinculadoaopioneirismode equipes de centros de qualificação profissional, que buscaram capacitar emergencistas antes mesmo do reconhecimento da especialidade. Graças ao empenho de alguns grupos de médicos para organizar uma formação adequada e aperfeiçoar o Atendimento em Emergência, os preceitos da ME foram se difundindo, ao longo de décadas, auxiliando emmudanças na regulação e operacionalização da assistência. A especialidade vem crescendo nos espaços formadores e de prática da Medicina no País, mas ainda tem muitos desafios pela frente. A interface com outros especialistas e os eventuais conflitos que um novo profissional pode suscitar em serviços estruturados também são assuntos tratados nesta edição. A expansão de residências em ME é recente, e as instituições envolvidas vêm buscando organizar diretrizes que possam resultar em uma formação padronizada. Os avanços tecnológicos e a inteligência artificial (IA), aliados à boa formação profissional, também são abordados nesta edição, apontando caminhos promissores à especialidade. N [1] FOTO: OSMAR BUSTOS [1] A JOVEM E PROMISSORA MEDICINA DE EMERGÊNCIA

RkJQdWJsaXNoZXIy NjAzNTg=