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Holanda, Suécia e Canadá vêm testando o uso de drones, com bons resultados para aprimorar o trabalho das equipes Em muitos países, surgem, progressivamente, tecnologias voltadas ao aprimoramento do trabalho das equipes emergencistas. Holanda, Suécia e Canadá vêm testando o uso de drones, com bons resultados, objetivando, primeiramente, a varredura em locais de grandes incidentes, para avaliar a necessidade dos recursos a serem enviados; e, em segundo lugar, o transporte de desfibriladores elétricos automáticos (DEA), para o atendimento mais precoce das paradas cardiorrespiratórias extra-hospitalares. A modernização e o aumento de recursos nas ambulâncias são, também, cada vezmais promissores em todo o mundo. O uso de tecnologia móvel portátil, como o eletrocardiograma (ECG) e o ultrassom point of care (Pocus), para a realização imediata de avaliação de imagem, aprimorou os serviços de resgate, proporcionando mais agilidade de atendimento, com ações precisas, que, antes, só eram possíveis, na maioria das vezes, no serviço hospitalar. Outro advento importante é o transporte de hemoderivados aos locais de acidentes, pois já existem evidências de que a transfusão precoce reduz o índice de morbimortalidade das vítimas de politraumatismo. O Estado de São Paulo foi pioneiro no País, equipando ambulâncias de atendimento avançado com esse recurso. A inteligência artificial (IA) também vem trazendo inovações e, cada vez mais, tendo um papel de destaque, ao facilitar — principalmente por meio de aplicativos — a comunicação e o acesso rápido no atendimento de emergências. Muitas vezes, a falta de assertividade no atendimento pré-hospitalar está relacionada à dificuldade de comunicação entre as equipes, ou entre o chamado de emergência (vítimas) e as equipes. Muitos desses dispositivos contam com um rastreio de picos de atendimentos, tanto em relação a horários, quanto a dias da semana; logística de transporte mais rápido aos centros de referência; e avaliação da capacidade de alocação de recursos. A implementação de tais recursos, [2] de maneira regional, seria de extrema importância, tanto para avaliar o atendimento como para diminuir, também, as conhecidas “vagas zero”, que trazem tantas discussões éticas e assistenciais. Podemos, então, sonhar com um futuro promissor para a emergência, com maior agilidade e eficiência, menores custos devido a melhores alocações de recursos, diagnósticos e intervenções mais precoces e equipes expandidas voltadas totalmente ao cuidado do paciente crítico? Pelas novas propostas, aparentemente, este futuro pode ser possível, resultando na diminuição do número de vítimas de incidentes graves em todo o mundo.  *Especialista em Medicina de Emergência, ex-supervisora do Programa de Residência Médica de Medicina de Emergência do Hospital Santa Marcelina e conselheira do Cremesp. Dispositivos de IA contam com rastreio de picos de atendimentos em relação a horários e a dias da semana, além de logística de transporte [2] SDI PRODUCTIONS/ISTOCK S E R M É D I C O • 3 1

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