[1] 1 4 • S E R M É D I C O D O S S I Ê : TR AN S P LANT E S E DOAÇÃO D E ÓRGÃOS | PA N O R AM A [1] LISA-BLUE/ISTOCK Valter Duro Garcia*, José Osmar Medina de Abreu Pestana** e Paulo Manuel Pêgo-Fernandes*** Odesenvolvimento dos transplantes e sua aplicação na substituição de alguns órgãos é um dos capítulos de maior êxito na história da Medicina. Em aproximadamente seis décadas, o transplante evoluiu de um procedimento com pouco sucesso em enfermos com doença renal para uma intervenção terapêutica eficaz em pacientes com doenças terminais em vários órgãos. A característica principal desse procedimento, que representa sua magia e também sua dificuldade, é a necessidade de utilização do órgão de um doador vivo ou falecido. Magia porque o órgão de uma pessoa que faleceu ou de um ente querido pode salvar ou melhorar a qualidade de vida de pessoas gravemente enfermas, e dificuldade porque o número de doadores é insuficiente para atender à crescente demanda de pacientes em lista de espera. Com exceção de 15% a 20% dos transplantes renais, de 10%, de fígado, principalmente em crianças, e de poucos casos de pulmão, em que são utilizados doadores vivos, no Brasil os órgãos são obtidos de doadores falecidos por morte encefálica1. Ainda não são utilizados no País doadores falecidos por morte circulatória2. Os transplantes de órgãos no Brasil tiveram início na década de 1960 e foram se estruturando entre os anos Evolução dos transplantes: um dos maiores êxitos de Medicina do País Rim, para transplante
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