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S E R M É D I C O • 1 N E S TA E D I Ç Ã O Múltiplos olhares sobre a epidemia que abalou o século 20, e persiste, cronificada esta edição da Ser Médico convidamos grandes espe- cialistas para apresentar um dossiê detalhado a respeito de uma das principais questões de saúde pública do século 20, a epi- demia de HIV/aids. Escolhemos este tema como o de capa por seu significado para a Medicina, des- de o relato dos primeiros casos da doença, na década de 1980. Apesar de ter seu início for- temente marcado por estigma, insensibilidade e desinformação, a aids despertou o interesse da comunidade médica e científica, motivada a encontrar uma solu- ção para o drama dos milhares de indivíduos infectados pelo vírus HIV. Assim, de um cenário inicial sombrio, a aids passou de uma condenação de morte para uma doença crônica que pode ser controlada. Esta conquista da humanidade é fruto do triunfo da ciência sobre a desinformação e o estigma, graças à abnegação de médicos, outros profissionais da saúde, ativistas e pacientes, uni- dos sob uma mesma causa. Apesar do sucesso no controle da doença, os desafios permane- cem enormes. A cura definitiva ainda representa um sonho que, apesar dos obstáculos, é per- seguido por pesquisadores de- terminados. Temos o privilégio de entrevistar um deles, Robert hanseníase, importante doença na realidade brasileira, à qual é dedicado o Janeiro Roxo. Os temas culturais também estão ricos nesta edição. Em Crônica , a médica autora expres- sa sua visão humanística sobre os pacientes que atende em seu consultório, para além das doen- ças que apresentam. Em Turis- mo , trazemos o relato de médicos que viajaram à exótica e remota Islândia. Em Hobby , um jovem médico compartilha sua experi- ência com um esporte radical, o paraquedismo, que lhe permite extravasar o estresse da práti- ca médica diária. Nossa Agenda Cultural também traz recomen- dações imperdíveis, da Capital ao Interior. Boa leitura! Edoardo Filippo de Queiroz Vattimo Coordenador da Assessoria de Comunicação Siliciano, americano que atua na Universidade John Hopkins e adentrou o panteão dos pionei- ros da pesquisa em HIV/aids ao comprovar que o vírus HIV per- manece em latência no organis- mo, mesmo após a negativação da carga viral no sangue. As perspectivas das pesquisas a respeito do mesmo tema são apresentadas em Vanguarda , in- cluindo novos antirretrovirais; e, na seção Em Foco , discutem- -se os desafios para se prevenir a infecção pelo HIV. Abordamos, também, o assunto em Resenha , que trata de um filme sobre o início da epidemia na cidade de Nova York, sob a ótica de quem a viveu. Em Fotopoesia , trazemos o tema de capa, agora abordado com uma visão poética. Podemos traçar, ainda, um pa- ralelo do artigo de Opinião desta edição, que trata do SUS, com a capa, uma vez que as políticas pú- blicas brasileiras para HIV/aids são uma história de sucesso no mundo. São debatidos, contudo, problemas como o financiamen- to e a participação dos agentes políticos no sistema. Em Tecno- logia , por sua vez, o futuro da Radiologia é discutido, incluindo novas técnicas de impressão 3D e outras inovações da especialida- de. Em Medicina no Mundo , apre- sentamos considerações sobre a N
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