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CAPA

EDITORIAL (pág. 2)
Mauro Gomes Aranha de Lima


ENTREVISTA (pág. 3)
Lígia Bahia


INSTITUIÇÕES DE SAÚDE (pág. 4)
Instituto de Oncologia Pediátrica


SUS (Pág. 5)
Subfinanciamento da saúde


ÉTICA MÉDICA 1 (pág. 6)
Novo CEM


TRABALHO MÉDICO (pág. 7)
Falta ao plantão


EXAME DO CREMESP (págs. 8 e 9)
Avaliação acadêmica


ÉTICA MÉDICA 2 (pág. 10)
Comissões de Ética


AGENDA DA PRESIDÊNCIA (pág. 11)
Simpósio


EU, MÉDICO (pág.12)
Rachel Esteves Soeiro


JOVENS MÉDICOS (pág. 13)
Saúde dos residentes


CONVOCAÇÕES (pág. 14)
Editais


BIOÉTICA (pág. 15)
Vida & Morte


GALERIA DE FOTOS



Edição 341 - 10/2016

INSTITUIÇÕES DE SAÚDE (pág. 4)

Instituto de Oncologia Pediátrica


Graacc tem êxito de 70%  em
tratamentos oncológicos


Cerca de 90% dos pacientes têm acesso à instituição pelo SUS


Percentagem de cura do câncer em crianças no Graacc supera
média nacional, de menos de 48%


De cada 100 crianças e adolescentes com câncer que entram pela porta do Hospital do Graacc, 70 delas saem curadas. É um êxito comparável ao das melhores instituições da Europa e dos Estados Unidos. Na média brasileira, a porcentagem de cura nessa faixa de idade cai para menos de 48%. “Nossa proposta é aumentar a sobrevida e preencher os vazios assistenciais que reduzem as chances de crianças de outras regiões do Brasil”, afirma Antonio Sergio Petrilli, superintendente médico do Hospital do Graacc (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer), cujo nome oficial é Instituto de Oncologia Pediátrica. A instituição está comemorando 25 anos com o atendimento de 6.100 casos novos de câncer infanto-juvenil e mais de 500 transplantes de medula óssea.


Parceria

Sem fins lucrativos, o Graacc foi fundado em 1991 e, desde 1998, tem  hospital próprio, uma parceria técnico-científica com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Cerca de 90% de seus pacientes entram pelo SUS e os demais por meio de convênios. As duas entradas correspondem a 45% da receita, os restantes 55% vêm de contribuições da sociedade civil, pessoas físicas e jurídicas. O orçamento para 2016 é de R$ 97 milhões. A instituição também recebe contribuições via incentivos fiscais, por meio de fundos como o Fumcad, Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, e de outras fontes como o Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon), do Ministério da Saúde.

Sérgio Petrilli, também professor titular de Pediatria da Unifesp, atribui a excelência alcançada pelo hospital à parceria com a sociedade civil. Cada uma das salas e unidades do instituto foi bancada por uma ou mais empresas ou instituições, como no caso do novo centro cirúrgico, inaugurado em junho de 2015, que custou R$ 10 milhões e é o primeiro da América Latina com ressonância magnética intraoperatória.

Graças a esse recurso, o líder da equipe de neurocirurgia, professor Sérgio Cavalheiro, em determinado momento da operação pode solicitar uma ressonância, que é feita em 11 minutos sem que o paciente precise se deslocar. No mesmo quinto andar, foi instalado o Arco Cirúrgico Digital, um apa­relho que permite à equipe do radiologista interven­cio­nista, José Roberto Falco Fonseca, colocar um cateter, pela femoral, até dentro do olho do paciente. “Fazemos quimioterapia direto no olhinho da criança com retinoblastoma”, diz Petrilli. “Com isso, ela tem a chance de conservar o olho, a visão e a vida”, afirma.


Especialidades

Outro diferencial do Graacc é seu banco de tumores. “A tendência no mundo desenvolvido é a ‘medicina precisa’. Buscamos dentro dos tumores quais alterações são fatores prognósticos para viver ou para morrer, e quais são aqueles que podem ser alvos terapêuticos para receber medicação direta”, explica Petrilli. “Esse talvez seja o futuro para aqueles 30% de pacientes que não respondem à quimioterapia, radioterapia e à cirurgia”, completa.

 Os vários tratamentos oferecidos pelo hospital dependem, além de equipamentos de ponta, de equipe multidisciplinar de especialistas. Para compartilhar essa experiência, e tentar reduzir as desigualdades regionais, o hospital oferece curso regular, de três anos, em oncologia pediátrica, e já formou mais de 170 desses especialistas. Em transplante de medula óssea, o instituto preparou 16 dos cerca de 60 especialistas que atuam no Brasil. Vá­rios dos médicos da instituição lideram ou participam de protocolos cooperativos com outros centros. Toda terça-feira, na sala de telemedicina da Unifesp, há um encontro para a troca de opinião e consultas com especialistas de centros paulistas e de outros Estados. O Graacc tem ainda parcerias com o Hospital St. Jude, de Memphis, nos Estados Unidos, entre outros centros internacionais. “Nosso propósito é tratar crianças de qualquer situação econômica, com a melhor qualidade”, diz Petrilli.



“Não parece hospital”

A menina Júlia Motta, de 8 anos, aproveita as longas seis horas das sessões de quimioterapia para ouvir o professor e fazer as lições na Quimioteca do Graacc. São as mesmas lições dadas aos seus coleguinhas do Centro Educacional Mickey, em Mundo Novo, Mato Grosso do Sul, cerca de 940 quilômetros de São Paulo.

Foi lá, onde mora, que no início deste ano ela teve as primeiras crises de dor que a levaram a hospitais e clínicas das cidades próximas. Em abril, ela estava internada no Graacc com um diagnóstico preciso: neuroblastoma, um tumor sólido no mediastino posterior, com infiltração de medula.

Júlia ficou internada três meses e hoje retorna por períodos curtos para o ciclo de sessões de quimioterapia. Até o final do ano, deve fazer um transplante de medula autólogo. “Em Mundo Novo, ela já não usa a peruca para esconder a careca, prefere desfilar com lenços coloridos”, diz a mãe Taiane Backes Motta. Não perde as lições da escola Mickey, nem as do Graacc.

A educação no hospital é coordenada pela Escola Móvel, programa que mantém alunos em aula, “interligados” com suas escolas lá fora. O projeto Pedagogia Hospitalar treina professores para ensinar crianças em outras instituições.

A mãe relata que Júlia já não estranha as vindas ao Graacc. “Tudo é tão cheio de cores e de atividades que não parece hospital”, diz Taiane. “Ninguém que a vê, imagina que ela possa estar passando por um tratamento assim tão sério. No começo foi difícil. Quando o cabelo caiu, foi preciso tirar os espelhos do banheiro”, conta a mãe.

 

 


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