PESQUISA  
 
Nesta Edição
Todas as edições


CAPA

EDITORIAL (pág. 2)
Mauro Aranha - Presidente do Cremesp


ENTREVISTA (pág. 3)
Gilberto Natalini


INSTITUIÇÕES DE SAÚDE (pág. 4)
IOT é referência no tratamento e pesquisa de lesões do aparelho locomotor


CERIMÔNIA (pág. 5)
Cremesp homenageia médicos da Capital com mais de 50 anos de atividade


ESCOLAS DE MEDICINA (pág. 6)
Programa do Cremesp irá avaliar progressão do ensino médico


SAÚDE PÚBLICA (pág. 7)
Campanhas de prevenção às arboviroses se intensificam com proximidade do verão


URGÊNCIA E EMERGÊNCIA (págs. 8 e 9)
Pacientes graves esperam até dois dias por leito de UTI


SIMPÓSIO (pág. 10)
Comitês de Bioética ainda enfrentam desafios para sua criação em hospitais


EVENTOS (pág. 11)
Agenda


EU, MÉDICO (pág. 12)
Jovem médica recomenda esporte como estilo de vida


JOVENS MÉDICOS (pág. 13)
Residentes pressionam governo paulista para pagamento de reajuste das bolsas


EDITAIS (Pág. 13)
Convocações


BIOÉTICA (pág. 15)
Bolsas para estudante de Medicina


GALERIA DE FOTOS



Edição 343 - 12/2016

ENTREVISTA (pág. 3)

Gilberto Natalini


"Vamos avançar nas políticas públicas para a educação ambiental"

 

O médico e vereador Gilberto Tanos Natalini – reeleito pelo Partido Verde nas eleições municipais de outubro para seu quinto mandato – assumirá a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente do Município de São Paulo, na gestão do futuro prefeito da Capital paulista, João Dória. Ao tomar posse em janeiro, terá pela frente vários desafios, como a retomada do combate à emissão de gases de efeito estufa. Aos colegas médicos, Natalini dá o seu recado: “não consigo separar a saúde e o bem-estar de uma pessoa de um ambiente favorável. São coisas correlatas, que andam juntas. Se não for assim, as consequências são bronquite, alergia de pele, diarreia etc. E São Paulo tem um passivo ambiental que precisa e será combatido em nossa gestão”, garante.

Quais os principais desafios da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente?
O meio ambiente é um problema da atualidade, é a principal pauta da humanidade que, somada aos problemas gravíssimos das desigualdades sociais, envolve a destruição de reservas naturais, da biodiversidade, a poluição do ar, a morte de milhões de pessoas por ano ao redor do mundo e, de algumas décadas para cá, o aquecimento global. A cidade de São Paulo não está fora desse contexto, com um agravante profundo, que é o passivo ambiental que a cidade herdou de séculos de desenvolvimento mal planejado e de agressão ambiental. É uma cidade que tem todas as poluições: das águas, do solo, do ar, sonora e visual – que diminuiu um pouco com a Lei Cidade Limpa, mas ainda existe – e, agora, enfrenta a poluição climática, para a qual contribuímos com a emissão de gases de efeito estufa. É nesse quadro que vamos trabalhar. É um quadro difícil, complexo. Temos de ter condutas e prioridades que consigam recuperar esse passivo ambiental, que é imenso.

Quais as prioridades?
Vamos retomar o combate à emissão de gases de efeito estufa, que está descontrolada. Fomos a primeira cidade do Brasil a aprovar a lei municipal de mudanças climáticas, que articulei na Câmara, e ela não está sendo cumprida. Também iremos acelerar a emissão de licenças ambientais pela Prefeitura, por meio da informatização do processo, para que projetos públicos e privados sejam executados rigorosamente dentro da lei, com mais rapidez. Além disso, está em nossos planos expandir o plantio de árvores e trabalhar na preservação e recuperação da fauna. 

A má qualidade do ar e do saneamento básico são responsáveis pelo crescimento de doenças crônicas. O que poderá ser feito para a redução desses danos? 
A Secretaria tem uma atividade transversal, sozinha ela não consegue fazer tudo o que é necessário. Para se recuperar o ar de São Paulo, por exemplo – poluído principalmente pela frota de ônibus –, é preciso trabalhar ombro a ombro com a Secretaria de Transportes e várias outras que têm atuação sobre essa questão. São necessárias políticas públicas para reduzir a emissão desses poluentes. É preciso reintroduzir o conceito de mudança de padrão dos motores dos ônibus, que já tinha começado a funcionar antes da atual gestão – com a inspeção veicular, a introdução de ecofrota e a compra de trólebus.

Haverá algum plano estratégico para evitar uma nova crise hídrica em São Paulo, como a que atingiu o sistema Cantareira?
As medidas são de economia. Temos de bater na tecla da educação ambiental porque o paulistano gasta 180 litros de água por dia, enquanto um europeu gasta 130 litros. Além disso, vamos avançar nas políticas públicas para a educação ambiental – com o auxílio do próprio cidadão na captação de águas das chuvas ou, ainda, no reuso de água em suas residências. Já temos uma lei determinando que as ruas de São Paulo só podem ser lavadas com água de reúso. A prefeitura compra água de reúso da Sabesp para abastecimento dos caminhões pipa. Não usamos água potável para lavar as ruas. É uma economia de água gigantesca em função da Lei Municipal 13.309, de minha autoria, apresentada em 2003. 

A questão da ocupação irregular de áreas de mananciais, que também impacta o meio ambiente e prejudica a qualidade da água, será prioridade?
Precisamos voltar com os programas de proteção de mananciais e das represas de São Paulo, que foram maltratados nos últimos anos, em função de muitas ocupações ilegais e criminosas desses espaços. Havia uma parceria com a Sabesp, por meio de dois programas, um de recuperação dos córregos e outro de defesa das represas e dos mananciais, que foram interrompidos. A proposta desta gestão é retomar essa parceria para a recuperação de 300 a 400 córregos, com tratamento de esgoto e retirada de ocupações. Cerca de 7 mil imóveis já haviam sido retirados e voltaram às áreas das represas em função da falta de fiscalização. Temos de tirar o que é possível e, principalmente, congelar as áreas que ainda não estão invadidas. Nossa meta é retomar essas ações e cuidar das águas numa parceria entre a prefeitura, Sabesp e governo federal. As coisas se somam: garantimos moradia digna, tiramos as pessoas da área de manancial e, principalmente, congelamos as áreas que não foram invadidas. 

O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do planeta. Há algo que possa ser feito por meio da sua Secretaria?
É possível, e vou dar um exemplo prático. Como vereador, criei a Lei Municipal nº 16.140, sancionada em 2015, que introduziu a merenda orgânica nas escolas públicas. Tenho outro projeto de lei que proíbe a comercialização de oito agrotóxicos no município que não são mais usados em outros países. Também temos um programa – do qual participo há mais de dez anos – da chamada agricultura urbana, com cerca de 500 agricultores orgânicos concentrados no extremo sul e leste da cidade.


Este conteúdo teve 94 acessos.


CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE SÃO PAULO
CNPJ: 63.106.843/0001-97

Sede: Rua Frei Caneca, 1282
Consolação - São Paulo/SP - CEP 01307-002

CENTRAL DE ATENDIMENTO TELEFÔNICO
(11) 4349-9900 (de segunda a sexta feira, das 8h às 20h)

HORÁRIO DE EXPEDIENTE PARA PROTOCOLOS
De segunda a sexta-feira, das 9h às 18h

CONTATOS

Regionais do Cremesp:

Conselhos de Medicina:


© 2001-2024 cremesp.org.br Todos os direitos reservados. Código de conduta online. 455 usuários on-line - 94
Este site é melhor visualizado em Internet Explorer 8 ou superior, Firefox 40 ou superior e Chrome 46 ou superior

O CREMESP utiliza cookies, armazenados apenas em caráter temporário, a fim de obter estatísticas para aprimorar a experiência do usuário. A navegação no site implica concordância com esse procedimento, em linha com a Política de Cookies do CREMESP. Saiba mais em nossa Política de Privacidade e Proteção de Dados.