Consumo de álcool cresce 10% ao ano no Brasil, revela pesquisa

Cerveja é a principal bebida na preferência dos brasileiros que têm uma relação problemática com o álcool

O Brasil é um dos únicos países onde o consumo de álcool cresce de 8% a 10% ao ano, segundo o 1º Levantamento Nacional sobre Consumo de Bebidas Alcoólicas, realizado entre 2005 e 2006 em mais de uma centena de cidades brasileiras.

Publicado pela Secretaria Nacional Antidrogas, órgão do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República e pela Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas (Uniad) da Universidade Federal de São Paulo, o estudo “é o primeiro levantamento nacional que descreve ‘como bebe o brasileiro’, informa o psiquiatra Ronaldo Laranjeiras, coordenador geral da Uniad. 

A pesquisa mostra, entre outras coisas, que os jovens de hoje começam a beber cada vez mais cedo e que a cerveja é a principal bebida na preferência dos brasileiros que têm uma relação problemática com o álcool. Ela representa 73% das doses consumidas por pessoas que beberam em grandes quantidades, sejam maiores ou menores de 18 anos. Entre os adolescentes, é a mais pedida entre 52%.

Bebidas ice, muito mais doces que a cerveja, mas de teor alcoólico parecido, representam 6% das doses tomadas pelos jovens e são consideradas porta de entrada para o álcool. O estudo aponta que, de 52% da população adulta que bebe, 55% afirmam não ter problemas por causa da bebida. Os 45% restantes disseram ter tido pelo menos um problema. As maiores incidências das queixas partem dos homens. A publicação também pode ser acessada pelo site da UNIAD 

O Cremesp e a Uniad foram os idealizadores da campanha Propaganda sem Bebida, que visa a proibição de propaganda de cerveja e outras bebidas alcoólicas. Informações no PORTAL TEMÁTICO da campanha.

Coluna do conselheiro do CFM

Clóvis Francisco Constantino
Conselheiro do Cremesp e do Conselho Federal de Medicina
e-mail: biblioteca@cfm.org.br

2º Encontro dos CRMs
A discussão sobre possível revisão ou atualização do Código de Ética Médica foi um dos principais temas do 2º Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina de 2007, realizado de 12 a 14 de setembro em Brasília. Outros temas foram: A Ortotanásia é Constitucional e não é Crime; e Fundação Estatal em Debate. Em comemoração aos 50 anos da Lei dos Conselhos (lei 3268/57) foi realizada uma solenidade, ocasião em que foi lançado o selo alusivo à data, com correspondente aplicação do carimbo pela Empresa Brasileira de Correios, no Museu Nacional da República, na Esplanada dos Ministérios. Houve também o descerramento da placa comemorativa na sede do CFM e inauguração da galeria de fotos de ex-presidentes.
 
Acordo com INSS
A exemplo do Cremesp, mas desta vez em nível nacional, o CFM assinou acordo com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A medida visa ao aprimoramento do estudo da medicina, mediante ações conjuntas para combate às fraudes na realização de perícias médicas, Programa de Educação Médica Continuada e instalação de Comissões de Ética Médica. O acordo visará também à criação de Câmaras Técnicas Especializadas para a elaboração de diretrizes médicas periciais.

Patologia: Resolução
Considerando que os procedimentos diagnósticos em Patologia são atos médicos complexos e devem ser executados com o conhecimento do contexto clínico que os gerou, não raro sendo necessária a busca de informações complementares junto ao médico que assiste ao paciente, o CFM editou Resolução nº 1.823/07, que disciplina responsabilidades desses profissionais e cria normas técnicas para a conservação e transporte de material biológico para esses exames.

Um dos artigos da Resolução estabelece que os diretores técnicos dos laboratórios que anunciam/executam serviços de Patologia devem garantir estrutura operacional técnica suficiente para realização dos procedimentos diagnósticos na jurisdição em que estiverem registradas suas instituições, responsabilizando-se, mesmo que de maneira solidária, pelos resultados emitidos.

Outro artigo afirma que o médico requisitante é co-responsável pelas condições de acondicionamento e adequada formalização das amostras, devendo orientar o paciente ou seu responsável para a entrega de biópsias ou peças cirúrgicas, dentro da maior brevidade, ao laboratório de patologia.

Íntegra da Resolução