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CAPA

EDITORIAL (JC pág. 2)
Os salários aviltantes dos médicos no serviço público prejudicam o profissional e a população


ENTREVISTA (JC pág. 3)
O tema desta edição é Telemedicina e o entrevistado Chao Lung Wen


ATIVIDADES 1 (JC pág. 4)
Oficializado pedido do Cremesp para regulamentação de lei sobre internação psiquiátrica


ATIVIDADES 2 (JC pág. 5)
Legislação básica em saúde pode ser acessada on line ou recebida via e-mail


RESOLUÇÕES (JC pág. 6)
Anvisa publica resolução normatizando prescrição e comercialização de anorexígenos


ESPECIAL (JC págs.7/8/9)
Em matéria especial, Cremesp mostra a complicada situação salarial dos médicos que atuam no serviço público


SAÚDE (JC pág. 10)
Acompanhe as orientações da Secretaria da Saúde, aos médicos, sobre casos suspeitos de febre amarela


GERAL 1 (JC pág. 11)
Vida de Médico: nova seção inaugurada nesta edição, mostra a vida simples de um médico do interior


LABORATÓRIOS (JC pág. 12)
Medicina x Indústria Farmacêutica, na visão de Gilbert Welch, Lisa Schwartz e Steven Woloshin


GERAL 2 (JC pág. 13)
Acompanhe a Coluna dos Conselheiros do CFM, com Clóvis Constantino e Isac Jorge


ALERTA ÉTICO (JC pág. 14)
O tema da vez deste canal é Falta de recursos financeiros do paciente


GERAL 3 (JC pág. 15)
Blog aborda dependência química e o uso de substâncias psicoativas


HISTÓRIA
Sta Casa de Votuporanga: história de empenho, parcerias e realizações ao longo de 25 anos


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Edição 245 - 02/2008

HISTÓRIA

Sta Casa de Votuporanga: história de empenho, parcerias e realizações ao longo de 25 anos


SANTA CASA DE VOTUPORANGA


Unindo forças por um ideal

“A união faz a força”. Um ditado que, levado ao pé da letra, ajudou a transformar a saúde em Votuporanga. Juntos, médicos, administradores e sociedade vêm consolidando grandes reformas na Santa Casa de Misericórdia e garantindo atendimento de qualidade à população.

O trabalho começou em 2003, quando a Santa Casa quase fechou as portas. Faltavam dinheiro em caixa, estrutura clínica e credibilidade. No hospital existiam até áreas interditadas pela Vigilância Sanitária. A nova diretoria, entretanto, que tinha Júnior Marão como provedor, propôs-se o desafio de garantir saúde de qualidade à população. Quatro anos depois, a história de 46 anos da entidade foi reescrita, com resultados que fazem da Santa Casa, hoje, o principal hospital da região de Votuporanga, prestando atendimento a 16 cidades próximas.

O hospital oferece 200 leitos e atende diariamente mais de 200 pessoas no pronto-socorro, efetuando uma média de 600 exames laboratoriais e de imagem. Para manter toda essa estrutura de atendimento, o hospital conta com uma equipe de 130 médicos, em 31 especialidades; e 546 funcionários, a um custo mensal que gira em torno de R$ 2 milhões e 300 mil.

A mudança na qualidade do atendimento à saúde da população não foi simples, mas, antes de qualquer reforma, a diretoria traçou uma meta: a de administrar com os médicos e buscar ajuda da sociedade. “Na verdade, no começo demos o que chamamos de um choque de credibilidade. Ou seja, nosso primeiro passo foi resgatar o elo com médicos, fornecedores e a população, e mostrar, principalmente aos profissionais, que queríamos ajudá-los a mudar o hospital”, conta Luiz Alberto Mansilha Bressan, membro da diretoria e atual provedor da entidade.

Feito o levantamento da situação, a diretoria precisava de dinheiro para começar a executar a reestruturação. Certos de que não poderiam depender apenas do poder público, iniciaram a busca por parcerias. “Mobilizamos as pessoas com eventos beneficentes e sensibilizamos empresas para doações”, diz Bressan.

Dentro da entidade, médicos e diretoria firmaram um pacto pelo hospital. “A parceria médica foi nosso maior trunfo. Mostramos que era fundamental estarmos juntos e não havia interesse em rachas. A diretoria havia identificado o problema e queria buscar com eles a solução”, conta Mário Homsi de Andrade, administrador do hospital.

A parceria deu certo e a mudança começou pelo setor de diagnósticos. Pelas mãos – e financiamento – dos médicos, a área dos equipamentos foi reformada, com a criação do parque tecnológico. Dos tímidos exames de raios-x, ultrassonografias e laboratoriais, o hospital passou a oferecer alta complexidade com radiologia completa, tomografia, ressonância magnética, medicina nuclear, coronariografia, endoscopia e litotripsia. Com os novos serviços, os pacientes não mais precisaram se deslocar para cidades vizinhas para fazer exames.

Pela capacidade técnica, o hospital recebeu o primeiro AME (Ambulatório Médico de Especialidades) do Interior, inaugurado em dezembro. No ambulatório, instalado pelo governo do Estado, o paciente faz, no mesmo dia, consulta, exame e recebe o diagnóstico.

A parceria médica não parou por aí. Por decisão do próprio corpo clínico, foi criado o Fundo Médico Administrativo que, por mês, desconta R$ 120 do salário de todos os médicos, para custear as obras. Em 2005, os médicos assumiram também a reforma da Ala F, para pacientes de convênio (plano de saúde opcional da própria Santa Casa) com quartos coletivos. Mais R$ 320 mil investidos.

Com a reestruturação, a administração pôde fazer o credenciamento das especialidades de alta complexidade como cardiologia, hemodinâmica, centro auditivo e neurologia. No ambulatório, passaram a ser atendidas especialidades como ortopedia, nefrologia e feitas pequenas cirurgias.

Mobilização
Da sociedade, vieram doações que reconstruíram outras alas. A Ala G, por exemplo, para pacientes de convênio com quartos individuais, foi entregue em dezembro de 2004 e custou R$ 350 mil. O corredor central do hospital, entre as principais alas, também foi reformado com ajuda da população. A parceria com empresários garantiu um investimento de R$ 88 mil.

Com 100% de financiamento do governo, o Centro Cirúrgico foi ampliado e passou de 4 para 11 salas. O hospital ganhou ainda uma UTI Neonatal, com sete leitos credenciados pelo SUS e pediatria. A reforma também chegou ao pronto-socorro e emergência na Ala SUS. O investimento, de R$ 110 mil, transformou a estrutura clínica e ampliou o atendimento de 4.200 para 7.000 pacientes por mês. “Estes quatro anos de trabalho provam que é possível unir forças por um ideal”, comenta Bressan. Do investimento feito até agora – no valor de R$ 11 milhões, e que financiou a mudança, 70% veio da sociedade civil e 30% do setor público. “Nosso compromisso é com a saúde da sociedade e, ao abrirmos à participação de todos, dividimos as responsabilidades. Somos fruto de esforço e confiança no hospital”, define o provedor Luiz Bressan.

Números
Em quatro anos, a mudança e o crescimento se confirmam em números. Em 2003, 51 mil pessoas foram atendidas no pronto-socorro. Este ano foram cerca de 80 mil. A ampliação do atendimento foi gradativa, apresentada ano a ano. “A cada ano a gente conseguia oferecer mais serviços e ampliava a possibilidade de atendimento”, explica Andrade. O plano de saúde da entidade – o Sansaúde – também foi ampliado. Passou de 5 mil bene-ficiários para 8 mil, em quatro anos. “Fruto da credibilidade”, afirma o administrador.

E as obras não param. Em 2008 o hospital ganha um centro de endoscopia e litotripsia, que vai ampliar ainda mais o atendimento. Também será construída a nova sede do Sansaúde. E para o futuro? “Queremos fazer a Santa Casa ser reconhecida como um centro de especialidade”, diz Bressan. E vai além. “Queremos ser conhecidos também como cidade da saúde”, finaliza.

História
A Santa Casa de Votuporanga foi fundada em 31 de julho de 1946 pelo médico Miguel Gerosa e inaugurada em 16 de abril de 1950. Nessa época, o corpo clínico tinha nove médicos e 30 funcionários. Atendia com 80 leitos e apenas uma sala cirúrgica. A sociedade sempre foi parte da construção da entidade. Naquela época, as quermesses eram as grandes fontes de renda, destinada para as obras e aquisição de equipamentos. Eram feitas disputas entre as comunidades de descendentes de diferentes nacionalidades. Por causa da participação dessas comunidades, as alas do hospital eram batizadas com o nome do grupo que ajudou a construí-las. A atual diretoria é a 12ª a assumir a entidade.


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